Pular para o conteúdo principal

https://capital paranaense.blogspot.com




Tentativa de ocultar dinheiro e 16 barras de ouro levou Nuzman à prisão, diz MPF






De acordo com investigação, nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos.




prisão temporária cumprida nesta quinta-feira (5) contra Carlos Arthur Nuzman teve como um dos motivos a tentativa de o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ocultar bens, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Entre eles, valores em espécie e 16 quilos de ouro que estariam em um cofre na Suíça.
De acordo com os investigadores da força-tarefa da Lava Jato no Rio, as apreensões na primeira etapa da Operação "Unfair Play", em 5 de setembro, levaram Nuzman a fazer uma retificação na declaração de imposto de renda. Segundo o MPF, foi uma tentativa de regularizar os bens não declarados.
Um dos objetos apreendidos foi uma chave, que estava guardada junto a cartões de agentes de serviços de locação na Suíça. Segundo o MPF, são indícios de que Nuzman guardou lá o ouro.
De acordo com o texto do documento de pedido de prisão, "ao fazer a retificação da declaração de imposto de renda para incluir esses bens, em 20/09/2017, [Nuzman] claramente atuou para obstruir investigação da ocultação de patrimônio" e "sequer apontou a origem desse patrimônio, o que indica a ilicitude de sua origem".
Com as inclusões destes bens, os investigadores acreditam que os rendimentos declarados são insuficientes para justificar a variação patrimonial em 2014. A omissão, segundo o MPF, seria de no mínimo R$ 1,87 milhões.
Ainda de acordo com o MPF, nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos. Um relatório incluído no pedido de prisão diz ainda que, em 2014, o patrimônio dobrou, com um acréscimo de R$ 4.276.057,33.
"Chama a atenção o fato de que desse valor, R$ 3.851.490,00 são decorrentes de ações de companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal", diz o texto.
O advogado Nélio Machado, que representa Nuzman, questionou a prisão desta terça: "É uma medida dura e não é usual dentro do devido processo legal".

Além de Nuzman, foi preso na operação "Unfair Play" seu braço-direito Leonardo Gryner, diretor de marketing do COB e de comunicação e marketing do Comitê Rio-2016. Segundo o MPF, as prisões foram necessárias como "garantia de ordem pública", para permitir bloquear o patrimônio, além de "impedir que ambos continuem atuando, seja criminosamente, seja na interferência" das provas.
O MPF reforça ainda que, apesar dos indícios de corrupção, não houve movimentação no sentido de afastar Nuzman e Gryner de suas funções junto ao COB. "Assim, ambos continuam gerindo os contratos firmados pelo COB, mediante uso de dinheiro público além do pleno acesso a documentos e informações necessárias à produção probatória".

fonte      imagens          google
fonte      redação           https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/tentativa-de-ocultar-dinheiro-e-16-kg-de-barras-de-ouro-levou-a-pedido-de-prisao-de-nuzman-segundo-mpf.ghtml









PATROCINADOR OFICIAL RIO 2016






ENQUANTO O GLOBO anuncia: “comprova-se que a Olimpíada tem sido positiva para os cariocas”, leitores da mídia internacional estão aprendendo que a cidade está sofrendo com uma série de pragas (verdadeiras e imaginárias): falênciagrevessabotagemaumento de violênciaZika,corrupçãoobras inacabadas e desmoronandoEntre verdades, mentiras e exageros, uma outra praga passou batida neste debate: a própria mídia internacional.


Milhares de jornalistas “paraquedistas” estão aterrizando na cidade pela primeira vez para cobrir os Jogos e vão embora logo depois. Muitos deles são profissionais de alto nível, sem dúvida, mas vários estão chegando sem noção de português e sem nenhum conhecimento sobre o Rio ou o Brasil além dos clichês de Tropa de Elite Cidade de Deus.
Os problemas atuais na cidade são inegáveis para quem não é patrocinador oficial do evento, mas dá até para sentir algum alívio se os compararmos com a visão quase apocalíptica proposta por membros da imprensa estrangeira – lembrando que os Jogos acabaram de começar.
Como a coordenadora de pesquisa de Comunidades Catalíticas, Cerianne Robertson, observou, o jornal australiano Herald Sun noticiou que 75% da população carioca mora em favela.
A estatística seria chocante, se não fosse completamente incorreta. De acordo com o Instituto Pereira Passos, responsável pelos dados estatísticos da cidade,  o índice oficial é de 23%.
Outro alerta para os “dados estranhos” que podem ser lançados neste mês foi dado no Twitter pelo repórter escocês Andrew Downie, que cobre o Brasil há anos:
Um vídeo que acompanha um texto do USA Today chamado “Cracolândias: Onde abuso de drogas encontra as Olimpíadas” declarou, sem nenhuma preocupação em checar a procedência do dado, que “40% das pessoas de favelas cariocas usam crack”. Isto, baseado na fala de um pastor que mantém uma obra social na “cracolândia” do Jacarezinho, favela na Zona Norte do Rio. No vídeo, o repórter pode ser ouvido conversando em inglês com usuários de crack com a ajuda de um tradutor.

O número, asssutador, não é confirmado por pesquisadores do tema. “O dado de 40% me parece matematicamente impossível”, afirmou Francisco Inácio, coordenador da “Pesquisa Nacional sobre o uso de crack”, publicada pela Fiocruz, em entrevista ao The Intercept. estatística mais fidedigna dá conta de que 0,56% da população da Região Sudeste do país usa crack.  
As pessoas não fazem por mal, mas é comum estimarem errado. Não são treinadas para isso”, acrescenta Inácio, notando que dados errados saem na imprensa a todo momento, principalmente sobre a Zika. Agora, no inverno, o mosquito não circula mais da mesma forma e o Rio de Janeiro não está mais em uma situação epidêmica, por exemplo.
Vários especialistas consideram o risco mínimo ou “insignificante”mas, mesmo assim, alguns atletas chegaram a  cancelar suas viagens para o Rio, citando o medo de contrair o vírus. Com certeza, inúmeras matérias e artigoscomo “Cancelem as Olimpíadas: A ameaça potencial da virus Zika apresenta um risco grande demais”, publicado em U.S News & World Report, não ajudou, mas a maioria das falhas de cobertura serão mais previsíveis, como a reportagem embaixo chamado Uma visita à zona proibida do tráfico do Rio por o correspondente do Beirute de CNN, Nick Paton Walsh.

Nele, o repórter “dá um rolé” com um traficante, visita uma boca de fumo, mostra uma arma pesada ameaçadora. O roteiro da reportagem de dois minutos e 35 segundos, quase idêntico a dezenas de outros, feitos por correspondentes internacionais ao longo de 20 anos. Define as favelas cariocas exclusivamente pelo tráfico, caracterizando os bairros apenas como buracos cheios de pecados exóticos e violência aleatória – sempre sem contexto. 
“Nós passamos, fora da câmera, num mundo enlouquecido e avulso, composto de festas de rua, tráfico a céu aberto, cheio de adolescentes em um mundo sem regras nem futuro. O resto do Rio passa acelerado por aqui e não leva ninguém”, Walsh explica, com voz agitada, com funk como trilha sonora e a imagem de um fuzil em frente a um trem passando. O preconceito é tão denso e evidente que nem vale a pena desconstruir passo a passo.
Existem muitas razões legítimas para desdenhar ou querer evitar o Rio nas Olimpíadas, mas o efeito coletivo de todo esse trabalho tem apenas alimentado o medo e a desinformação, reduzindo aleatoriamente interesse internacional em visitar o Rio.

CONTACT THE AUTHOR:


Andrew Fishmanfishman@​theintercept.com@AndrewDFish

Juliana Gonçalvesjuliana.goncalves@​theintercept.com@jollyxx



fonte    imagens       google
fonte    redação     
theintercept.com/2016/08/04/mais-uma-praga-desce-no-rio-a-midia-internacional-paraquedista/
f



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

巴西马里亚纳大坝灾难的法律纠纷在英国打响

US vetoes Brazil's UN Security Council draft resolution for humanitarian pauses in Gaza

SAG Награды 2014: Актеры "шума" побед, подтягивает гонку Оскаров