Beto Richa recebe carta que pede redução de pedágio no Paraná



Lideranças do Oeste lançam campanha pedindo redução do pedágio

(Em 16 de fevereiro de 2016)
Foto: Kiko Seirich
BR 277 – Foto: Kiko Seirich
Lideranças dos Oeste do Paraná lançam nesta quinta-feira (18), às 16h, na sede da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), em Cascavel,  uma campanha de mídia solicitando a realização de uma nova licitação para os contratos de pedágios na BR-277, com isso, a redução na tarifa.


Na mesma reunião, convocada pela Comissão de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento, será apresentada a carta a ser enviada ao Governador Beto Richa pedindo ao não-renovação automática dos contratos vigentes.
A apresentação da campanha de mídia faz parte da segunda etapa do movimento iniciado em Foz do Iguaçu, em janeiro. Na ocasião, mais de 250 pessoas, entre elas empresários, prefeitos, vereadores, quatro deputados estaduais, Cláudia Pereira,​Márcio Pacheco, Chico Brasileiro e José Carlos Schiavinato e, o deputado federal, Evandro Roman abraçaram a causa.
Segundo o presidente do Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, esse não é um movimento partidário, mas da sociedade que busca o crescimento econômico e social do Oeste do Paraná.
O Coordenador da Câmara Técnica, Danilo Vendruscolo, explica que o Governo do Estado pretende renovar os contratos de administração que vencem em 2021 por mais 20 anos com base no modelo atual, considerado defasado. A proposta é abrir uma nova licitação  pautada pelos modelos atuais de concessão. O resultado seriam tarifas mais baixas e mais obras.
“Neste contrato atual não podemos pedir a redução da tarifa, considerada uma das mais altas do Brasil e se solicitarmos mais obras, precisaremos pagar por elas. O que buscamos é uma nova licitação com contratos que entrarão em vigor a partir de 2022”, disse.


Preços justos
João Artur Mohr, Membro do conselho temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), durante a reunião fará uma comparação entre o modelo de concessão utilizado nas rodovias paranaenses – o primeiro do Brasil – com as demais estradas brasileiras levando em conta o fluxo de veículos, valor da tarifa e obras realizadas.
Segundo Mohr, enquanto a média do valor aplicado por eixo nas rodovias do Paraná é de R$ 9,58 a cada 100 quilômetros, em Mato Grosso do Sul é R$ 5,90, no contrato firmado em março de 2014. Aqui, a concessão previu apenas 32% de duplicação nas estradas enquanto as sul-mato-grossenses exigem 98% das rodovias duplicadas em no máximo cinco anos.
“Quando assinamos esses documentos não tínhamos experiências, pois fomos os primeiros e vivíamos uma instabilidade econômica. Por isso defendemos a uma nova licitação. Com novas regras. Que defenda os usuários”, disse.
O advogado Homero Marchese acredita que numa nova licitação, com base nos modelos atuais, o valor do pedágio pode reduzir de 40% a 50%. “Nos trechos do Oeste onde se paga cerca de R$ 15 a cada 100 quilômetros cairá para R$ 6 ou R$ 7 e o volume de obras duplicará”.
Impacto negativo
O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, demonstrará em números como o alto valor do pedágio impacta negativamente no crescimento do agronegócio no Oeste. Segundo Grolli, o custo total do pedágio para a exportação agroindustrial da região custa R$ 100 milhões por ano. “De cada 100 sacas de soja enviada ao Porto de Paranaguá, duas são utilizadas para pagar o pedágio. No milho, sobe para cinco”.
(Oeste em Desenvolvimento)
fonte       imagens      google
fonte       redação       codefoz.org.br/2016/02/liderancas-do-oeste-lancam-campanha-pedindo-reducao-do-pedagio/

Terça, 23/02/2016 - 11h39 - Atualizado Terça, 23/02/2016 - 11h5
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Beto Richa recebe carta que pede redução de pedágio no Paraná

Documento foi entregue ao governador nesta segunda-feira, 22

A carta escrita pela Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento e aprovada por mais de 400 lideranças do Oeste do Paraná pedindo auditoria nas praças de pedágios da BR-277 – principal via de transporte dos produtos da região e considerada uma das tarifas mais caras do Brasil -, foi entregue nesta segunda-feira, 22, em mãos, ao Governador do Paraná, Beto Richa, pelo deputado estadual, José Carlos Schiavinato, presidente da frente parlamentar do Oeste.
No documento, as lideranças do Oeste afirmam também ser contra a renovação antecipada dos atuais contratos por mais 20 anos. A proposta é que ao final dessas concessões, com vencimento em 2021, sejam realizadas novas licitações com base nos modelos atuais. Os contratos utilizados na BR-277 são considerados defasados, já que foi a primeira rodovia brasileira a ser pedagiada.

 Ao receber a carta, o Governador reafirmou, segundo Schiavinato, ser contra a renovação antecipada e se prontificou a promover audiências públicas para ouvir a comunidade antes de tomar qualquer decisão.“Queremos que seja realizada no estado uma nova licitação com base nos modelos atuais utilizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, por exemplo”, disse Mário Costenaro, presidente do Oeste em Desenvolvimento. Nesses três estados, o valor cobrado por quilômetro rodado é metade do paranaense e a quantidade de estradas duplicadas é no mínimo, o dobro.

A carta solicita também que, o Governo do Estado ouça a opinião dos paranaenses por meio de audiências públicas, tendo em vista que o custo da tarifa influencia diretamente no valor da produção no Oeste. Para escoar os produtos via Porto de Paranaguá o valor do frete por tonelada é de R$ 90. Só de pedágio é gasto R$ 20. Somente o agronegócio da região gasta R$ 100 milhões com pedágios por ano.

Menor preço - Para o coordenador da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística, Danilo Vendruscolo, a prorrogação dos contratos não beneficiará em nada a região, pelo contrário, ela continuará perdendo competitividade por gastar 22% do valor do frete em pedágio. “Cerca de 90% da nossa produção escoa pela BR-277. Precisamos de uma nova licitação, onde o vencedor aplique um preço menor”.

Em 1997 quando foram assinados os contratos, o Brasil não tinha experiência e vivia uma instabilidade financeira, por isso, as tarifas foram tão altas. Anos depois, as novas concessões foram atualizadas, e, por isso, os valores acabaram sendo reduzidos. “Não devemos prorrogar um contrato que está comprometido. O ideal é licitarmos novamente. O resultado será uma tarifa pelo menos 50% inferior. Nos trechos do Oeste onde se paga cerca de R$ 15 a cada cem quilômetros, o valor cairá para R$ 6 ou R$ 7, e as obras serão feitas nos cinco primeiros anos e não nos últimos seis como vem ocorrendo no Paraná”, explicou o advogado Homero Marchese.

fonte      redação       clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/beto-richa-recebe-carta-que-pede-reducao-de-pedagio-no-parana


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