Vídeo mostra doutrinação e apologia à violência em colégio cívico-militar de Curitiba

 



Alunos são obrigados a marchar e cantar que vão "entrar na favela e deixar corpos no chão"








A APP-Sindicato divulgou nesta sexta-feira (28 de novembro) um vídeo que mostra doutrinação e apologia à violência em um colégio cívico-militar de Curitiba. Orientados por um policial militar, os adolescentes são obrigados a marchar e cantar que vão "entrar na favela e deixar corpo no chão". O nome do estabelecimento não foi divulgado.


Para o governador Ratinho Júnior (PSD) e Roni Miranda (secretário da Educação que quer que professores trabalhem doentes), os colégios cívico-militares são um "modelo". Veja abaixo a letra cantada pelos alunos do colégio considerado modelo de educação por Ratinho Júnior:

“Homem de preto, o que é que você faz?

Eu faço coisas que assusta o satanás.

Homem de preto, qual é sua missão?

Entrar na favela e deixar corpo no chão.

O Bope tem guerreiros que matam fogueteiros.

Com a faca entre os dentes, esfola eles inteiros.

Mata, esfola, usando sempre o seu fuzil”.

“Absurdos como esse do vídeo não são casos isolados. Desde o início deste programa, temos recebido e denunciado ocorrências semelhantes e até piores em escolas que adotaram o modelo cívico-militar", disse a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto. "É chocante ver que a escola pública esteja sendo usada para promover uma doutrinação ideológica extremista, que prega o ódio, a violência, o massacre e o extermínio de comunidades periféricas".

O programa de colégios cívico-militares é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), mas mesmo assim o governo do Paraná aumentou o número de estabelecimentos militarizados. Neste mês, o governo anunciou que mais 33 escolas serão incluídas no programa.


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Policiais sem qualificação ganham mais

As escolas cívico-militares contratam policiais militares aposentados para atuar como monitores. Eles ganham mais que os professores – segundo a APP-Sindicato, policiais sem qualificação para trabalhar com alunos ganham R$ 5,5 mil, enquanto o salário de professores e professoras é de R$ 4,9 mil. O estado possui 312 colégios militarizados.

Atualização – Nota da Seed

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) divulgou uma nota neste sábado (29):

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) informa que, ao tomar conhecimento do vídeo divulgado nesta sexta-feira (28), solicitou imediatamente informações à direção da escola e aos profissionais envolvidos.

Essa é a primeira medida adotada para esclarecer com precisão as circunstâncias do ocorrido.

O conteúdo registrado não condiz com as diretrizes, princípios e orientações da rede estadual de ensino.

A SEED-PR repudia qualquer manifestação que estimule violência ou discriminação e reforça seu compromisso com uma educação pública pautada pelo respeito, pela inclusão e pela proteção integral dos estudantes.

fonte  redação                -  https://www.plural.jor.br/dou/


fonte iagens e video   google

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