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Jose Serra e cia.
José Serra: sonho de chegar ao Planalto mais longe
Presidência do PSDB ou vaga no Senado são opções após segunda derrota
Publicado:
SÃO PAULO — Um projeto mais ambicioso, além do cargo de prefeito de
São Paulo, sempre esteve em jogo na eleição deste ano para o candidato
José Serra (PSDB). Uma vitória no maior colégio eleitoral do país, após
duas derrotas para a Presidência da República (2002 e 2010),
representaria para o tucano a volta à cena política nacional, a
recuperação de espaço dentro do próprio partido e a sobrevida ao sonho
de concorrer, mais uma vez, ao Palácio do Planalto. Com o resultado
imposto ontem pelas urnas, Serra, aos 70 anos, entra num dos momentos
mais delicados da sua vida política.
Entre lideranças do PSDB, sejam aliados ou adversários, a avaliação é que essa derrota deixa Serra ainda mais longe de retomar uma trajetória nacional. O futuro político do tucano é uma incógnita. Segundo aliados, Serra, apesar de a eleição ter se mostrado difícil em todo o segundo turno, não fez em nenhum momento referência a planos, no caso de derrota.
Algumas alternativas se apresentam a curto prazo. No plano partidário, o cargo de presidente nacional do PSDB é uma opção. Mas tucanos ligados ao ex-governador consideram esse caminho pouco provável, devido ao desgaste e isolamento de Serra no partido em plano nacional, uma das sequelas da eleição de 2010. Naquele ano, essa mesma alternativa foi cogitada, mas Serra acabou assumindo somente uma vaga no conselho político da legenda. Hoje, a relação dele com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, é ainda mais distante, em decorrência de desentendimentos ocorridos na última campanha presidencial. Além disso, com a derrota no principal berço político do partido, deverá crescer no PSDB a pressão por renovação da sua direção.
No plano eleitoral, o cenário não é muito promissor para Serra. O tucano, que já foi ministro, prefeito e governador, não tem hoje apoio dentro do PSDB para viabilizar uma terceira candidatura presidencial. O nome da vez no partido é o do senador Aécio Neves (MG). No âmbito estadual, a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin é dada como praticamente certa. Nesse contexto, o tucano é apontado por lideranças do PSDB paulista como um nome competitivo para a disputa ao Senado.
A exemplo do que ocorreu em 2010, também têm circulado nas últimas semanas rumores de que Serra possa deixar o PSDB para tentar se candidatar à Presidência já em 2014. O PPS, cujo presidente nacional, deputado Roberto Freire, é amigo do tucano e o PSD do prefeito e aliado Gilberto Kassab aparecem como siglas próximas de Serra. Mas, por enquanto, nenhum passo concreto foi dado em qualquer uma dessas direções.
Uma demonstração das dificuldades que Serra deverá enfrentar surgiu nos discursos de líderes do partido após conhecida a derrota para o PT. O presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini, defendeu a renovação do partido para enfrentar as próximas eleições:
— Temos que nos renovar.
Serra sempre soube que sua entrada na eleição para a prefeitura paulistana era uma “faca de dois gumes”: poderia manter no horizonte o plano de uma nova candidatura presidencial ou enterrá-lo de vez. A decisão foi difícil. Mesmo com a liderança isolada nas pesquisas eleitorais, na época, ele passou algumas semanas consultando ex-auxiliares e aliados, em meio a muita pressão do partido, até tomar a decisão.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), diante dos movimento de Kassab de se aproximar da candidatura do PT, fez um apelo pessoal para que Serra entrasse na disputa e tirasse o prefeito do colo de Fernando Haddad (PT). Para Alckmin, a aliança entre PSD e PT aumentaria as chances de vitória petista na cidade, dificultando os planos dele de reeleição ao governo em 2014.
Kassab disse esperar que o tucano contribua para a vida pública em “outras missões”:
— Que Serra possa continuar contribuindo para a vida pública em outras missões. Considero o Serra uma das pessoas mais bem preparadas do país, ocupou diversos cargos na vida pública brasileira.
Entre lideranças do PSDB, sejam aliados ou adversários, a avaliação é que essa derrota deixa Serra ainda mais longe de retomar uma trajetória nacional. O futuro político do tucano é uma incógnita. Segundo aliados, Serra, apesar de a eleição ter se mostrado difícil em todo o segundo turno, não fez em nenhum momento referência a planos, no caso de derrota.
Algumas alternativas se apresentam a curto prazo. No plano partidário, o cargo de presidente nacional do PSDB é uma opção. Mas tucanos ligados ao ex-governador consideram esse caminho pouco provável, devido ao desgaste e isolamento de Serra no partido em plano nacional, uma das sequelas da eleição de 2010. Naquele ano, essa mesma alternativa foi cogitada, mas Serra acabou assumindo somente uma vaga no conselho político da legenda. Hoje, a relação dele com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, é ainda mais distante, em decorrência de desentendimentos ocorridos na última campanha presidencial. Além disso, com a derrota no principal berço político do partido, deverá crescer no PSDB a pressão por renovação da sua direção.
No plano eleitoral, o cenário não é muito promissor para Serra. O tucano, que já foi ministro, prefeito e governador, não tem hoje apoio dentro do PSDB para viabilizar uma terceira candidatura presidencial. O nome da vez no partido é o do senador Aécio Neves (MG). No âmbito estadual, a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin é dada como praticamente certa. Nesse contexto, o tucano é apontado por lideranças do PSDB paulista como um nome competitivo para a disputa ao Senado.
A exemplo do que ocorreu em 2010, também têm circulado nas últimas semanas rumores de que Serra possa deixar o PSDB para tentar se candidatar à Presidência já em 2014. O PPS, cujo presidente nacional, deputado Roberto Freire, é amigo do tucano e o PSD do prefeito e aliado Gilberto Kassab aparecem como siglas próximas de Serra. Mas, por enquanto, nenhum passo concreto foi dado em qualquer uma dessas direções.
Uma demonstração das dificuldades que Serra deverá enfrentar surgiu nos discursos de líderes do partido após conhecida a derrota para o PT. O presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini, defendeu a renovação do partido para enfrentar as próximas eleições:
— Temos que nos renovar.
Serra sempre soube que sua entrada na eleição para a prefeitura paulistana era uma “faca de dois gumes”: poderia manter no horizonte o plano de uma nova candidatura presidencial ou enterrá-lo de vez. A decisão foi difícil. Mesmo com a liderança isolada nas pesquisas eleitorais, na época, ele passou algumas semanas consultando ex-auxiliares e aliados, em meio a muita pressão do partido, até tomar a decisão.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), diante dos movimento de Kassab de se aproximar da candidatura do PT, fez um apelo pessoal para que Serra entrasse na disputa e tirasse o prefeito do colo de Fernando Haddad (PT). Para Alckmin, a aliança entre PSD e PT aumentaria as chances de vitória petista na cidade, dificultando os planos dele de reeleição ao governo em 2014.
Kassab disse esperar que o tucano contribua para a vida pública em “outras missões”:
— Que Serra possa continuar contribuindo para a vida pública em outras missões. Considero o Serra uma das pessoas mais bem preparadas do país, ocupou diversos cargos na vida pública brasileira.
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