Siemens nega ter divulgado dados sobre suposto cartel no Metrô de SP

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Folha de são paulo



02/08/2013 15h59 - Atualizado em 03/08/2013 02h19

Siemens nega ter divulgado dados 


sobre suposto cartel no 








Metrô de SP





Segundo jornal, empresa afirmou que governo de SP sabia de conluio.
Governo vê 'polícia política' em vazamento de investigação; Cade repudia.

A empresa alemã Siemens divulgou nota em que afirma ter conhecimento das investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre um suposto cartel em licitações no Metrô de São Paulo, mas nega ter sido fonte das informações divulgadas na imprensa de que teria fornecido documentos e provas do conluio (leia a íntegra da nota no final da reportagem).
A empresa diz que viu com "surpresa as especulações que têm extrapolado essas investigações" e nega ter divulgado a proposta de um acordo ao Ministério Público de São Paulo na apuração dos fatos.

A Siemens afirma cooperar "integralmente com as autoridades, manifestando-se oportunamente quando requerido e se permitido pelos órgãos competentes". Salienta que "não pode se manifestar em detalhes quanto ao teor de cada uma das matérias que têm sido publicadas".


A nota da empresa é, segundo a assessoria de imprensa da Siemens, o único posicionamento oficial desde que as
CARTEL_metro_sp (15h10) (Foto: Editoria de Arte / G1)
reportagens sobre o tema começaram. A empresa diz que não irá se manifestar sobre nova reportagem, divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira (2), de que entregou documentos ao Cade que afirmam que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel para licitação de obras do metrô no estado.
O secretário chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido, disse nesta sexta-feira (2) que a investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o suposto cartel em licitações do Metrô está sendo usada como"instrumento de polícia política"Em resposta às declarações, o Cade disse em nota que "repudia" acusações de "instrumentalização política" das investigações.
Presidente da Corregedoria de São Paulo, Gustavo Ungaro afirmou que o estado é parte interessada no processo, "uma vez que, se confirmado o cartel, o estado de São Paulo terá sido vítima deste conluio de empresas privadas". Ele disse também que uma ação será proposta pela Procuradoria Geral do Estado para que o governo estadual tenha acesso aos documentos, uma vez que "as solicitações feitas pela Corregedoria não foram até o momento atendidas".


Secretário de Transportes no governo Covas, Claudio de Senna Frederico afirma que não pode confirmar ou não se houve a formação de cartel entre as empresas para a construção do Metrô. Diz que desconhecia o fato até então e que não houve nenhuma conivência ou consentimento da pasta na época.
Em nota, o PSDB afirmou que "nunca compactuou, nem nunca há de compactuar, com o erro e com a falta de conduta ética" e que ao governo de São Paulo "interessa buscar ressarcimento e punir os eventuais responsáveis pela suposta formação de cartel". O partido disse que "causa estranheza, no entanto, que o Cade se negue a fornecer o conteúdo das investigações para que a Corregedoria de São Paulo faça seu trabalho" e criticou o órgão por fazer "vazamentos seletivos" com o "claro objetivo de confundir e de produzir efeitos políticos e eleitorais".
A negociação entre a empresa alemã e representantes do estado está relatada em diários entregues às autoridades brasileiras, diz a "Folha". Em julho, segundo a publicação, a Siemens denunciou ao Cade a existência de um cartel para a construção e a manutenção de linhas de trens e metrô e também para a compra de equipamentos ferroviários em São Paulo e no Distrito Federal.
De acordo com a reportagem, o cartel em São Paulo teria sido formado em 2000, no governo de Mário Covas (PSDB), para a construção da linha 5 do Metrô. A empresa, segundo o jornal, teria assinado um documento em que garantiria a imunidade caso o esquema fosse descoberto.
O Cade apontou, afirma ainda o jornal, que o esquema se estendeu ao governo de Geraldo Alckmin (2001-2006) e também ao primeiro ano do governo de José Serra (2007).
O ex-secretário de Transportes durante o governo Covas, Cláudio de Senna Frederico, afirmou à "Folha de S.Paulo" que não tinha conhecimento do cartel. O governo Alckmin disse ao jornal que, se confirmado o esquema, pedirá a punição dos envolvidos. Serra não foi localizado, de acordo com a publicação.
Conforme reportagem da "Folha", a Siemens apresentou às autoridades a lista de 18 empresas, sendo algumas de um mesmo grupo, e 23 executivos que teriam participado do cartel. Subsidiárias de multinacionais como a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui estão na relação, de acordo com o jornal.

Veja  a íntegra da nota da Siemens sobre as reportagens:
"Siemens tem conhecimento sobre as investigações conduzidas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) quanto a um suposto cartel em licitações para aquisição de carros de trens, manutenção e construção de linhas de trens e metrôs licitados entre meados da década de 1990 e 2007. Causaram nos surpresa as especulações que têm extrapolado essas investigações. Alguns meios de comunicação reportaram que o Ministério Público de São Paulo, em conjunto com o CADE, teriam apurado e quantificado os danos provocados ao mercado pela conduta ora investigada e que a Siemens teria supostamente proposto um acordo ao Ministério Público de São Paulo.
Por isso, cabe à Siemens vir a público para esclarecer que não é a fonte de tais informações (nem de nenhuma das recentes notícias publicadas) e manifestar o seu desconhecimento quanto aos fundamentos de tais especulações.
Desde 2007, a Siemens tem feito grandes esforços para aprimorar seus programas de compliance em todo o mundo, tendo implementado um novo e eficaz mecanismo de controle e investigação. Como resultado de seus esforços, a Siemens alcançou pontuação de 99% no Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI). No Brasil, após extensa avaliação, a Siemens foi uma das quatro primeiras empresas a receber o Selo Ético (“Cadastro Empresa Pró-Ética”) em 2010, concedido pela Controladoria Geral da União – CGU.
Como um princípio de seu sistema mundial de compliance, a Siemens coopera integralmente com as autoridades, manifestando-se oportunamente quando requerido e se permitido pelos órgãos competentes. Tendo em vista que as investigações ainda estão em andamento, e a confidencialidade inerente ao caso, a Siemens não pode se manifestar em detalhes quanto ao teor de cada uma das matérias que têm sido publicadas pelos diversos veículos de comunicação.
A Siemens acredita que somente a concorrência leal e honesta pode assegurar um futuro sustentável para as empresas, os governos e a sociedade como um todo. Por isso, reitera seu compromisso com a ética e com a criação de um ambiente de negócios limpos, estando continuamente empenhada em dedicar todos os esforços para que os seus colaboradores ajam de acordo com os mais elevados padrões de conduta."


Fonte    imagens        Google

Folha de Londrina - O Jornal do Paraná - Brasil

AJE - Al Jazeera English -

 Cbs -

 Fox news -

 cnn 

 Bbc London -

 La nacion  Argentina -

 Reuters London -

 El diário -

 La época  - 

La razón (Bolivia)

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