trasporte publico no Brasil é cabresto eleitoral
Empresas ameaçam demitir 2 mil motoristas e
cobradores. Pode ter greve
Curitiba, 26 de novembro de 2015
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc) denunciou nesta quinta-feira (26) a intenção das empresas de transporte de demitirem 2 mil trabalhadores do sistema. Segundo o sindicato, as empresas encaminharam ofício comunicando a dificuldade em pagar o 13º salário, e com isso teriam intenção de demitir.
Nesta tarde, o sindicato anuncia, em coeltiva, as medidas que Sindicato e trabalhadores tomarão diante desse fato, com graves implicações aos dois milhões de usuários do sistema. Uma greve não está descartada.
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) confirma o envio do ofício ao Sindimoc, e reconhece a dificuldade financeira para efetuar o pagamento do 13º, por isso chamou o sindicato para conversar e procurar alternativas, que pode incluir as demissões.
Em reunião na tarde desta quinta-feira, realizada na sede do SINDIMOC (Sindicato dos Motoristas e Cobradores), o presidente Anderson Teixeira tornou público o teor do ofício recebido do SETRANSP (Sindicato das Empresas de Transporte) no qual este afirma que as empresas que operam o sistema de transporte urbano de Curitiba “não terão condições financeiras de realizar, integralmente, o pagamento tempestivo da 1a. parcela do 13º salário de seus empregados.”
Segundo o sindicato patronal, para “reequilíbrio da equação de custeio de pessoal operacional, e para que possa se restabelecer a regularidade do pagamento das verbas trabalhistas ante aos recursos provisionados pela URBS na tarifa técnica, será necessária a efetivação da dispensa de aproximadamente 2000 (dois mil) trabalhadores.”
Por fim, o SETRANSP afirma “ser evidente que a situação retratada para pagamento da 1a. parcela do 13º salário se repetirá nos pagamentos de folha salarial nos meses de dezembro e janeiro, bem como em seus respectivos vales, além da 2a. parcela do 13º salário, perdurando até a negociação coletiva a ser estabelecida a partir de 1º de fevereiro de 2016.”
Para o SETRANSP, as empresas que operam o sistema “não estão sendo remuneradas nos termos ajustados em seu contrato de concessão, gerando gigantescos déficits mensais para custeio da operação.” Já o presidente da URBS, Roberto Gregório, garante que a empresa está cumprindo exatamente o que está fixado no contrato e nega que haja desequilíbrio.
No dia de amanhã (27/11), os trabalhadores do transporte coletivo se reunirão em assembleias para decidir o que a categoria irá fazer, não estando descartado o indicativo de greve. Na próxima segunda-feira (30/11), às 09 horas, o Procurador do Trabalho, Dr. Gláucio Araújo de Oliveira, se reunirá na sede do Ministério Público do Paraná com todas as partes envolvidas, com o intuito de estabelecer uma mediação para resolver a questão.
O Ouvidor de Curitiba, Clóvis Costa, compareceu à entrevista coletiva concedida pelo presidente Anderson Teixeira, e assegurou que participará de todas as tratativas para garantir que os direitos dos munícipes não sejam prejudicados.
Segundo Costa, “entre as atribuições da Ouvidoria está a defesa dos direitos e interesses dos cidadãos quanto a atuação do Poder Público Municipal. O Município tem obrigação de prestar esse serviço adequadamente e é responsável por ele, mesmo quando não o opera diretamente e utiliza a prestação de serviços de empresas privadas. Os usuários dos serviços de transporte não podem ser mais uma vez prejudicados por contratos inadequados ou equivocados”, afirmou o Ouvidor de Curitiba.
-fonte redação sindimoc.org.br/?area=ver_clipping&id=240 - facebook
fonte imagens google
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