Nunca na história do transporte coletivo de Curitiba e Região
Metropolitana o sistema passou por uma grave crise econômico-financeira
como a que as empresas estão sofrendo neste momento.
O rombo nas contas das empresas ultrapassa dezenas de milhões de
reais, fora ações judiciais que cobram outros prejuízos causados pelo
não cumprimento de cláusulas contratuais.
É sabido por todos que o FUC – Fundo de Urbanização de Curitiba não
consegue cobrir os altos custos do sistema. Custos estes oriundos de
decisões equivocadas da URBS, empresa que deveria zelar pela boa
operação e pela saúde financeira de um sistema que já foi reconhecido
como um dos melhores do mundo.
A URBS determinou mais de 600 milhões de reais em investimentos nos
últimos dois anos, período de início da operação sobre as regras da
licitação comandada pela administração pública. O que pouca gente sabe é
que estes investimentos foram arcados exclusivamente pelas empresas,
mas que na contrapartida do poder público, muito pouco foi feito.
Hoje,
novos ônibus biarticulados estão parados nas garagens sem poder operar,
porque não foram feitas adequações nas canaletas. Traduzindo: a URBS
mandou comprar um ônibus que não cabe nas atuais canaletas exclusivas.
A RIT – REDE INTEGRADA DE TRANSPORTE tem hoje o sistema de bilhetagem
eletrônica mais caro e mais ineficiente do Brasil. O serviço chega a
custar muito mais do que em outras cidades semelhantes. Diariamente
todas as empresas relatam à URBS as falhas no sistema, que a invés de
encontrar uma solução, determina que as catracas sejam liberadas
causando ainda mais prejuízos.
Na contramão do que existe de mais moderno em termos de bilhetagem
eletrônica, a Prefeitura Municipal sanciona uma lei que obriga o retorno
de cobradores em veículos onde a própria URBS determinou que não mais
existisse esses profissionais. Além dos custos com a contratação de
mão-de-obra, existe a readequação de centenas de veículos, ocasionando
ainda mais custos sem o devido ressarcimento.
Bilhetagem eletrônica moderna permite que os atuais cobradores se
transformem em fiscais e vendedores de bilhete, agiliza o embarque com a
consequente redução do tempo de viagem, permite integração sem a
necessidade de terminais e também elimina o fluxo de dinheiro,
aumentando a segurança dos usuários com a redução de assaltos e pequenos
furtos. Infelizmente a URBS não pensa no conforto do usuário quando o
assunto é bilhetagem eletrônica.
A tarifa praticada hoje não cobre os custos do sistema. As empresas
concessionárias alertaram a URBS desta situação, mas nada foi feito para
corrigir este problema. Para confirmar a posição, as empresas que
operam a RIT – REDE INTEGRADA DE TRANSPORTE contrataram professores da
USP – Universidade de São Paulo, ligados à FIPE – Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas, para realizarem uma perícia técnica. O trabalho
comprovou que a próxima tarifa técnica deve ultrapassar facilmente os R$
2,90 para que o sistema tenha um ponto de equilíbrio.
As decisões equivocadas da URBS vêm causando enormes prejuízos. Como
por exemplo: o retardamento do início das operações no final de 2010 que
causaram perdas nos custos de capital; o corte unilateral de valor de
depreciação de investimentos em frota de uso exclusivo; alteração da
programação operacional do Projeto Básico de Licitação; e o
superdimensionamento da demanda de passageiros.
É incompreensível e inadmissível a postura de inadimplemento das
obrigações contratuais já manifestadas pela URBS. São 24 meses de
prejuízos contabilizados. As empresas de transporte coletivo da RIT –
RDE INTEGRADA DE TRANSPORTE vivem a pior condição econômica da sua
história. Neste ano as empresas foram obrigadas pela primeira vez a
fazer o parcelamento do 13.º salário, depois de reunião conjunta com o
Ministério Público do Trabalho.
As empresas estão abertas a auditoria externa, os dados coletados
pelos professores da USP estão à disposição das autoridades. Estas
informações compravam o desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos
e o inadimplemento contratual da URBS. É preciso ter isonomia de
tratamento, e que as contas da URBS e do FUC – Fundo de Urbanização de
Curitiba também sejam auditadas.
Um dos melhores sistemas de transporte coletivo do mundo, copiado em
dezenas de cidades, orgulho dos curitibanos e dos moradores da Região
Metropolitana, não pode sucumbir diante de atitudes equivocadas de quem
quer que seja. O sistema corre grave risco de continuidade se nada for
feito com urgência.
Fonte redação http://empresasdeonibus.com.br/2011/index.php/transporte-coletivo-vive-a-maior-crise-da-sua-historia
Fonte imagens Google
AJE - Al Jazeera English - Cbs - Fox news -
cnn - Bbc London -
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