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Colunista da Gazeta do Povo diz que Beto Richa é confuso, sem rumo, e que disse que não iria privatizar


Beto Richa resolveu dar uma parada no seu dia ontem para comemorar o grande feito eleitoral de um ano atrás. Não deixa de ser curioso: imagine-se o trabalhador que usasse anualmente o dia de sua contratação para fazer um almoço, em dia de expediente, com os amigos. Poucos poderiam fazer a pausa mais longa. Quem dirá garantir uma boca livre para tanta gente…

Richa, de certa maneira, chega assim também perto do fim de seu primeiro ano de governo. No exercício do cargo tem menos coisas a comemorar do que teve no período eleitoral. Vitórias não faltaram: na Assembleia, com uma maioria esmagadora, ganhou todas. Mas isso não conta: nossos deputados votam com quem quer que esteja ocupando o poder. Só assim garantem as benesses para as “bases” que os reelegem.

O que se espera de um governo são vitórias de outro tipo. Conquistas sociais, que possam ser repartidas por todos. Os comensais de Beto andam compartilhando do bom e do melhor em restaurantes. Mas o que os milhões de eleitores podem dizer que ganharam nesses 11 meses de gestão.

O tal “novo jeito de governar” parece, no mínimo, um pouco confuso. Beto dizia com todas as letras que não iria privatizar nada. Verdade: vender, de fato, não vendeu. Mas aparentemente havia letrinhas miúdas no programa de governo dizendo que terceirização para ONGs valia.

Trata-se também de um governo de contradições. Por um lado, a terceirização faria imaginar que o Estado ficaria mais leve, mais barato. Aliás, esse é o discurso do “choque de gestão” que Beto fez durante toda a campanha. Mas agora o contribuinte já viu que a conta não vai ficar exatamente mais barata.

Não é só o tarifaço do Detran (aquele que Ademar Traiano, artífice do eufemismo do ano, insiste em chamar de “realinhamento das taxas”). Em menos de um ano, Richa já avisou a seus eleitores que vai contratar R$ 1,7 bilhão em empréstimos de longo prazo. Alguém se lembra de ter visto algo sobre isso na campanha?

Claro que quando chegar a hora de fazer os últimos pagamentos, Beto terá terminado seu mandato faz tempo. Mas eu e você continuaremos pagando, com nosso imposto e nosso suor. Nada contra: imposto faz parte. Sem isso, não há civilização. Mas faz sentido falar em choque de gestão e sair tomando tudo isso de empréstimo?

Mais grave do que tudo isso, porém, é a aparente falta de rumo do governo. Aonde Beto quer chegar? Qual é o seu grande plano de longo prazo para o estado? Por vezes, parece que estamos navegando sem norte, pensando apenas em finanças e projetos pontuais. A falta de um pensador por trás da atual gestão é evidente. Richa precisava de alguém com uma visão mais longa do que a sua. Mas o grupo à sua volta parece formado mais por ganhadores de eleições do que por estadistas.

Ganhar eleições é bom. Claro que Beto tem o que comemorar (embora pudesse marcar isso para um fim de semana…). Mas em teoria um bom governante deveria ver a eleição como um meio de chegar ao cargo, como um mero passo para iniciar as transformações sociais que é preciso fazer. Quando a vitória na eleição é a maior conquista a ser celebrada, algo há de ser revisto.

Fonte - Blog do Tarso

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