Centro Cívico de Curitiba amanhece destruído após manifestação
Centro Cívico de Curitiba
amanhece
destruído após manifestação
PREFEITURA, COMÉRCIO E PONTOS DE ÔNIBUS FORAM ALVO DE VÂNDALOS.
MAIS DE 15 MIL PESSOAS FORAM ÀS RUAS, E PELO MENOS 26 FORAM DETIDAS.
O Centro Cívico de Curitiba amanheceu neste sábado (22) com rastros de destruição após a quinta edição da série de manifestações populares registradas na cidade, na noite de sexta-feira (21). O confronto entre a polícia e vândalos deixou estragos na Prefeitura de Curitiba, nos pontos de ônibus, no comércio, e em prédios da Justiça do Legislativo estadual. Segundo a Polícia Militar (PM), 26 pessoas foram detidas, sendo 16 adultos e dez adolescentes. Três policiais ficaram feridos. (Veja imagens da noite de sexta e da manhã deste sábado)
A maioria dos detidos são estudantes, mas havia também mecânicos, servidores públicos, militares, serventes de pedreiro, empresários e desempregados entre eles. Até as 9h40 deste sábado, pelo menos três pessoas continuavam presas. Segundo a Polícia Civil, entre as autuações estão crimes por dano ao patromônio público, dano qualificado, formação de quadrilha e desacato. Os liberados tiveram de pagar fiança de R$ 2 mil, e os menores só puderam sair após a chegada dos pais.
A manifestação começou no fim da tarde na Praça Rui Barbosa, no Centro, reunindo mais de 15 mil pessoas, segundo a PM. O grupo se dispersou em passeatas em direção à Praça Santos Andrade, à Arena da Baixada e ao Palácio Iguaçu. A primeira confusão foi registrada no estádio, que está em obras para Copa do Mundo, e seria alvo de protestos contra o gasto excessivo com o evento.
Na chegada dos manifestantes, porém, um grupo de torcedores do Atlético-PR atirou pedras e rojões, dando início ao conflito que só terminou após a intervenção do batalhão de choque da PM.
Na chegada dos manifestantes, porém, um grupo de torcedores do Atlético-PR atirou pedras e rojões, dando início ao conflito que só terminou após a intervenção do batalhão de choque da PM.
Um dos rojões chegou a atingir a fiação elétrica e deixou parte dos moradores sem luz. Até a publicação desta reportagem a Companhia Paranaense de Energia (Copel) ainda não havia dado retorno sobre a situação no local.
A confusão maior, porém, foi registrada na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. Um grupo começou a jogar objetos e bombas caseiras contra o prédio, e o Batalhão de Choque da PM interveio para dispersar os manifestantes. A maior parte da destruição choque. “Quebraram 121 chapas de vidro, quebraram o ar-condicionado da central telefônica, divisórias, alguns computadores, as portas de entrada, placas, floreiras. Derrubaram tudo que tinha”, disse. Em nota, a Prefeitura informou que a Guarda Municipal prendeu três dos vândalos e os encaminhou para a Polícia Civil, para que fossem autuados em flagrante por dano qualificado. Imagens registradas devem ser enviadas à Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público.
Um dos locais com maior prejuízo foi uma farmácia que teve a porta arrombada, sendo saqueada por diversas pessoas em seguida. O G1 estava no local quando a primeira funcionária do estabelecimento chegou na manhã deste sábado, sendo surpreendida pelos estragos. “À primeira vista foi um impacto muito grande, porque ontem a gente saiu daqui com a esperança de que nada acontecesse. A gente esperou que fosse uma manifestação pacífica, mas acabou sendo um vandalismo uma destruição. O comércio não tem nada a ver com isso, são os governantes. O vandalismo é desnecessário”, reclamou Karine Machado.
Como a porta de ferro do local foi derrubada, seguranças particulares tiveram de cuidar da entrada da farmácia durante toda a madrugada. Segundo eles, foram saqueados apenas produtos cosméticos e alimentos – os caixas ficaram intactos. O restaurante ao lado da farmácia, que teve cadeiras e mesas roubadas e incendiadas no meio da avenida estava fechado, mas com vidros quebrados. Agências bancárias também foram alvo do grupo, que quebraram portas e monitores, além de deixarem diversas pichações com dizeres “Roube”, e “Vandalismo sim”.
O cenário assustou a vizinhança. A moradora Carmen Ferreira contou que, apesar de ter visto toda a confusão pela janela de casa, se assustou quando desceu à rua pela manhã. “É uma turma de arruaceiros que vêm para avacalhar mesmo. Foi como se fosse uma batalha, horrível demais, triste”, lamentou.
Fonte imagens Google
Fonte redação
Folha de Londrina - O Jornal do Paraná - Brasil
AJE - Al Jazeera English -
Cbs -
Fox news -
cnn
Bbc London -
La nacion Argentina -
Reuters London -
El diário -
La época -
La razón (Bolivia)
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