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Roberto Requião - A esperança voltou

20/06/2014 15h17 - Atualizado em 20/06/2014 18h38

PMDB opta por candidatura própria e lança Requião ao governo do Paraná

CONVENÇÃO ESTADUAL DO PARTIDO OCORREU NESTA SEXTA-FEIRA (20), EM CURITIBA.
TESE DA CANDIDATURA PRÓPRIA VENCEU PROPOSTA DE COLIGAÇÃO COM O PSDB.

Fernando CastroDo G1 PR
PMDB decidiu pela candidatura de Requião para o Governo do Paraná 
A convenção estadual do PMDB do Paraná decidiu, nesta sexta-feira (20), que terá candidatura própria para o governo do estado na eleição de 2014. O nome apontado pela maioria dos delegados do partido é o do senador Roberto Requião, que já governou o estado por três mandatos. A tese da candidatura de Requião venceu a proposta de coligação do PMDB com o PSDB do atual governador, Beto Richa. O partido ainda decidiu que o suplente de deputado federal Marcelo Almeida será candidato ao Senado. As decisões sobre o vice, suplentes ao Senado, e deputados, foram adiadas para que a legenda possa tentar atrair outros partidos para a coligação.

Já Marcelo Almeida foi escolhido candidato ao Senado com 269 votos, em eleição realizada após a que escolheu Requião.
"O vencedor não sou eu, mas o MDB velho de guerra", disse Requião. Com um partido dividido na convenção, Requião comparou a vitória a um primeiro turno. Foram 319 votos favoráveis à candidatura própria, 250 em apoio à coligação com o PSDB, quatro votos nulos e um em branco.
Confusões
A convenção começou tumultuada, ainda pela manhã, com troca de socos e pontapés entre os adeptos à candidatura própria e os favoráveis a coligação com o PSDB. Houve, inclusive, um homem fantasiado de tucano - uma referência às denúncias de Requião de que Richa estaria nomeando em cargo de comissão delegados do PMDB, como o intuito de garantir a aliança. "O PMDB mostrou que é forte, que não está a venda, que não aceita cargo em comissão. O partido mostrou que resiste a empreguinhos, cargos comissionados e corrupção. Esses problemas agora não são mais nossos, nós vamos para a eleição, mas são problemas a serem investigados", afirmou o candidato, após o resultado. O governo estadual nega a denúncia, e enfatiza que não nomeou delegados do PMDB, atribuindo ao senador a obrigação de comprovar a irregularidade.
Outro princípio de confusão foi registrado logo após a divulgação do resultado da apuração que confirmou a candidatura de Requião. O grupo de militantes da ala do senador, em maior número do que os defensores da tese da coligação, tentou acompanhar o trajeto de Requião até o palco onde ocorreria o discurso. Porém, ao tentarem passar pela área isolada que dava acesso ao palco, houve tumulto e confronto com os seguranças do evento. Houve trocas de empurrões, mas a confusão logo foi dissipada. "Peço a todos que contenham o entusiasmo, que é muito, para que o presidente Serraglio possa dar seguimento à convenção", pediu Requião.
Eleição
Primeiramente, ocorreu a votação dos delegados do partido, seguida da votação dos suplentes de delegados. Na contagem dos votos, percebeu-se que havia um a mais em uma das dez urnas. Coube aos membros do Diretório Nacional, junto com as duas chapas, decidir como a situação seria resolvida. A urna com problema foi a última a ser aberta, e o voto excedente acabou entrando na contagem.

Defensor da coligação com o PSDB, o ex-governador Orlando Pessuti afirmou que não irá apoiar a candidatura de Requião, e apostou que o partido não estará 100% unido para o pleito. "Não serei candidato a nada", afirmou Pessuti, que era cotado para a vice de Beto Richa, ou ainda para a candidatura do PMDB ao Senado. Outro defensor da coligação, o presidente estadual da legenda, deputado federal Osmar Serraglio, disse que tentará unir o partido e buscar apoio de outras legendas até o fim do prazo para a realização de convenções - 30 de junho. Esta também a data limite para apresentação dos nomes a vice, suplentes ao Senado, e deputados.
Durante a apuração, o salão onde ocorria a convenção ficou dividido entre os apoiadores da candidatura de Requião e os defensores da coligação com Beto Richa. Ainda antes de o resultado final ser anunciado, porém, a ala de Requião já cantava a vitória. Não houve tumulto entre as duas alas após a divulgação do resultado.
O evento ocorreu no Clube da Urca, em Curitiba. O encontro foi marcado por discussões entre militantes que defendiam as teses contrárias. No dia 29 de junho, o PT deve oficializar a candidatura da senadora Gleisi Hoffmann, e o PSDB a do atual governador do Paraná Beto Richa.

História
Requião tem 73 anos, é formado em direito e em jornalismo. Ele é casado  com Maristela Quarenghi de Mello e Silva e pai de dois filhos. Requião foi governador do Paraná entre 1991 e 1994 e entre 2002-2010, por dois mandatos seguidos. O atual senador também já foi prefeito de Curitiba, nas eleições de 1985 - a primeira após a Ditadura Militar. Requião também já foi deputado estadual e secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, em 1989, no governo de Ary Veloso Queiroz. Atualmente, Requião cumpre o segundo mandato como senador.
Já o candidato ao Senado, Marcelo Almeida, foi vereador de Curitiba entre os anos de 1993 e 1996, e 2001 e 2004. Foi suplente de deputado federal em 2006, tendo assumido em defintivo o cargo ao longo da legislatura. Foi novamente suplente nas eleições de 2010, e chegou a exercer o mandato por pouco mais de um ano, até abril de 2014.
fonte          imagens          google
fonte         redação            http://g1.globo.com/pr/parana/eleicoes/2014/noticia/2014/06/pmdb-opta-por-candidatura-propria-e-lanca-requiao-ao-governo-do-parana

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