curitiba eleições 2016
Greca justifica alianças e diz que Beto Richa foi “um bom prefeito”
Em convenção que o lançou candidato, ex-prefeito criticou Fruet e disse que é hora de “armistício” ideológico pela cidade
- Rogerio Waldrigues Galindo
O pré-candidato Rafael Greca (PMN) usou boa parte de seu longo discurso na convenção de seu partido, neste sábado pela manhã, para justificar as alianças que fez para disputar a prefeitura de Curitiba. Segundo ele, é necessário neste momento esquecer as ideologias e estabelecer um “armistício” pelo bem da cidade. A coligação do PMN inclui o PSDB, do governador Beto Richa, o PSB, de Luciano Ducci e o DEM, além dos pequenos PTN e PTdoB.
Greca disse que as ideologias foram responsáveis por crimes e que é preciso pensar mais em prestação de serviços do que em posicionamento político. “Não tem esquerda nem direita na hora de criar creches, de abrir unidades de saúde”, disse. Aproveitando a proximidade do local da convenção, o clube Morgenau, no Cristo Rei, com o antigo restaurante Vagão do Armistício, da família do artista plástico Poty Lazzarotto, disse que é hora de uma trégua “nas ideologias que nos infelicitam”.
Na coletiva de imprensa que antecedeu a convenção, Greca foi questionado diretamente sobre a coligação com Beto Richa. “Ainda estou do outro lado do Rio Iguaçu, para lá do Boqueirão. Preciso chegar no Palácio 29 de Março, e para isso a ponte precisa ser sólida, sou pesado. Cada partido será um pilar dessa ponte”, disse.
Sobre Richa, Greca evitou dizer o que pensa de seu governo. “Não sou candidato a governador, quero falar da cidade”, disse. Mas afirmou que o atual governador foi um bom prefeito de Curitiba. “Todos foram melhores do que o Gustavo Fruet. Talvez ele seja nosso pior prefeito desde Cândido de Abreu, desde o ouvidor Pardinho”, afirmou.
A coligação de Greca deve lhe dar o maior tempo de tevê no horário eleitoral gratuito. No discurso deste sábado, ele deixou claro que pretende usar esse espaço para relembrar o que fez como prefeito entre 1993 e 1997. Falou dos faróis do saber, do vale-vovó e da política de atendimento às gestantes.
O ex-prefeito também foi duro com a gestão Fruet. Criticou obras inacabadas, os “50 tons de cinza das ruas esburacadas” e o fato de duas unidades de saúde 24 horas terem sido fechadas temporariamente durante a gestão. “Na minha época, jogávamos fora as chaves dos postos 24 horas, não fechavam nunca. O Cassio [Taniguchi], o Beto e o Luciano [Ducci] não fecharam os postos. O Fruet fechou”, disse.
A principal dúvida da coligação de Greca, agora, é a escolha de seu vice. Sobre isso, o candidato não deu pistas. O favorito ao posto é Eduardo Pimentel, assessor de Richa que não compareceu à convenção, depois de passar por uma cirurgia. Greca citou vários outros possíveis nomes, como Pedro Lupion (DEM), José Antônio Andreguetto (PSB) e Stephanes Júnior (PSB). “Mas coitado do meu vice. Estou com tanta vontade de governar que não vai sobrar nada para ele fazer. Nem para Roma vou viajar”, disse.
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fonte redação http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/greca-justifica-aliancas-e-diz-que-beto-richa-foi-um-bom-prefeito-3c7s0l387dj0151fkdgis9lov?utm_source=facebook&utm_medium=midia-social&utm_campaign=gazeta-do-povo
PARA COMEÇAR A SEMANA: CURITIBA TEM R$ 330 MI EM DÍVIDAS
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), farejou e encontrou R$ 330 milhões em contas atrasadas. A dívida foi herdada de seu antecessor, Luciano Ducci, derrotado por Fruet nas últimas eleições. Segundo o o prefeito, há prestadores de serviço que não são pagos desde fevereiro de 2012. O mais mal cheiroso deles é o de recolhimento de lixo: são R$ 70 milhões em dívidas. Fruet encaminhou ao Tribunal de Contas um pedido de crédito suplementar para cobrir as despesas. Fez isso porque elas não estão previstas no orçamento.
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Fonte redação http://colunas.revistaepoca.globo.com/felipepatury/2013/01/28/para-comecar-a-semana-curitiba-tem-r-330-mi-em-dividas/
MP pede que Richa seja excluído de ação de caixa 2
Ministério Público Eleitoral alega que Beto não poderia ser punido porque não é mais prefeito. Luciano Ducci, porém, ainda é investigado
Publicado em 31/05/2011 | ROGERIO WALDRIGUES GALINDO
O parecer do Ministério Público, assinado pela promotora Margareth Mary Pansolin Ferreira, foi encaminhado para a juíza eleitoral Fabiana Silveira Karam na última sexta-feira, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A juíza ainda não se pronunciou sobre o parecer do MP.
A ação foi iniciada a pedido de cinco partidos de oposição a Richa e está na Justiça desde 2009. Caso a juíza decida acatar a recomendação da promotora, a ação segue tendo como acusado o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), que era vice na chapa de Richa e assumiu o posto em abril de 2010, com a renúncia de Beto. Caso seja considerado culpado, Ducci pode ter o mandato cassado.
As acusações são referentes a gastos da campanha de Richa e Ducci realizados pelo Comitê Lealdade. Essas despesas não foram registradas nas contas oficiais de campanha apresentadas à Justiça Eleitoral, o que caracterizaria caixa 2. O Comitê Lealdade era formado por dissidentes do PRTB, que decidiram abandonar a campanha do então candidato Fabio Camargo (PTB) para apoiar Richa.
Os advogados de PMDB, PDT, PSC, PCdoB e PT entraram com a ação na Justiça depois que um vídeo veio a público mostrando o chefe do comitê, Alexandre Gardolinski, entregando dinheiro aos dissidentes do PRTB, que haviam desistido de concorrer a uma vaga na Câmara para poder participar da campanha de Richa. Os partidos de oposição alegam que o PSDB cometeu crime eleitoral ao não prestar contas dos gastos efetuados pelo comitê.
A defesa de Richa e Ducci alega que a ação não deve prosperar porque teria sido iniciada fora do prazo exigido pela lei. O processo foi iniciado em junho de 2009, mas, segundo a defesa, a legislação brasileira dá prazo de no máximo 180 dias para que haja denúncias de uso de caixa 2. Como a eleição ocorreu em outubro, o prazo teria se encerrado em abril.
A contestação sobre o prazo, porém, ainda não foi aceita pela Justiça. O PSDB perdeu no TSE o recurso que tentava impedir a continuidade do processo. O assunto foi julgado em abril, mas o partido ainda esperar reverter a situação.
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