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Folha de são paulo

Por que os brasileiros Estranhamente responsabilize o Globo de mídia Empire pelas desgraças do país

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Manifestantes atiram pedras nos escritórios da Rede Globo no Rio (Foto: Daniel Ramalho / Terra)

Milhares de brasileiros foram às ruas nas últimas semanas para desabafar sua raiva contra a corrupção do governo e dos serviços públicos pobres. Apesar dos protestos sendo inicialmente provocadas por um aumento dos preços dos transportes públicos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, eles rapidamente se multiplicaram em descontentamento muito mais ampla, incluindo um desgosto crescente do maior império de mídia do Brasil, Organizações Globo , especialmente a sua emissora gigante , Rede Globo , de longe, o país mais visto.

Tal sentimento tem causado um alvoroço curiosa: embora as classificações certamente provar que os brasileiros gostam de sintonizar na Globo, a reação nas ruas ao seu conteúdo editorial supostamente tendenciosa também mostram que eles amam odiar Globo. É ainda mais surpreendente que em vez de ir atrás das empresas que estão diretamente ligados aos seus pedidos de melhores serviços públicos e infra-estrutura, os manifestantes escolheram Rede Globo para tomar o calor para todas as coisas ruins acontecendo no Brasil agora.

Mas isso faz sentido? Aparentemente não, e aqui está o porquê.

Como conseqüência do tamanho de sua audiência, a Rede Globo está em uma posição de exercer influência significativa sobre o resultado da política nacional. Um exemplo de que é um episódio que ocorreu durante a eleição presidencial de 1989, quando a rede foi ao ar o último debate entre Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, mostrando trechos dele em sua noticiários depois e dando Collor consideravelmente mais ar tempo do que Lula, justapondo alguns dos melhores momentos de Collor, durante o debate com alguns dos piores de Lula e, portanto, ajudar Collor ganhar a presidência naquele ano.

Rede Globo só recentemente se desculpou publicamente pelo incidente, embora nunca admitiu ter propositadamente ajudou Collor. O reconhecimento do debate presidencial gafe não impediu que a rede seja rotineiramente acusado de beneficiar determinados grupos de interesses especiais dos dois partidos e pessoas mais do que outras.

Culpar alegada parcialidade da mídia para seus problemas quando os escândalos surgem é uma coisa comum entre os políticos, especialmente aqueles no poder. Mas para as pessoas que se levantassem contra organizações de mídia da mesma forma que alguns brasileiros estão fazendo com a Rede Globo é algo mais incomum.

Claro americanos amam odiar Fox Notícias também, e outras grandes organizações de mídia têm sido alvo de manifestantes durante os "ocupar" os movimentos anti-capitalistas, mas no Brasil as coisas foram um pouco mal, com manifestantes invadindo a sede da Rede Globo [ VIDEO ] algumas semanas atrás, e destruindo seus escritórios Leblon, no Rio de Janeiro.

O sentimento anti-Globo nas ruas é tão alta que os repórteres da rede que cobrem os protestos têm de trabalhar sob estrita segurança, às vezes até usando microfones sem o logotipo da Globo neles . Mas de acordo com um porta-voz da comunicação corporativa na Rede Globo, isso não é algo exclusivamente contra a rede. "Não só no Brasil, mas em outras partes do mundo onde houve protestos de rua contra o status quo o alvo dos manifestantes são grandes empresas, grandes conglomerados e instituições tradicionais", disse o porta-voz disse Forbes.

Um dos argumentos dos manifestantes é que a Rede Globo tem sido cúmplice em negociar com quem quer que esteja no poder, como forma de permanecer no poder em si e defender os seus interesses por todos os meios, uma reivindicação que eles negam. "Rede Globo é totalmente independente dos partidos políticos, grupos empresariais, como estabelecido em nossos princípios editoriais ", disse o porta-voz.

Organizações Globo é do Brasil eo maior conglomerado de mídia da América Latina, com receita de US $ 6,8 bilhões no ano passado . Seus proprietários, o bilionário irmãos Roberto Irineu Marinho , João Roberto Marinho e José Roberto Marinho valem um total de US $ 26 bilhões, a partir do último Forbes lista de bilionários , o que lhes família mais rica do Brasil faz. Eles são para o Brasil o que os Kochs e Waltons são para a América, exceto que eles não poluem o meio ambiente nem pagar salários miseráveis. Ainda assim, para alguns de seus adversários, os irmãos Marinho são a fonte de tudo o que é questionável, desagradável e mal na sociedade brasileira.

Mas, acima de todas as coisas que eles também são grandes jogadores da agenda de livre mercado, controlando um negócio de bilhões de dólares que emprega dezenas de milhares de pessoas no Brasil, um país cuja imprensa é sincero e vibrante, como convém a uma sociedade verdadeiramente livre e aberto. Obviamente, Organizações Globo e especialmente a Rede Globo ter cometido erros ao longo do caminho, mas tão horrível como a mídia pode ser, eles não são o problema. Pelo menos não neste caso, e certamente não no Brasil.

"Os programas de notícias da Rede Globo estão cobrindo adequadamente as manifestações no Brasil. Estamos ouvindo os organizadores dessas manifestações, bem como as autoridades, e fazemo-lo de forma independente. Em alguns casos, temos denunciou prisões arbitrárias de pessoas que estão nas ruas protestando. É nosso dever de verificar se o que as autoridades e os manifestantes dizem é verdade. Nós fazemos jornalismo, nada mais do que isso ", disse o porta-voz.

Ativistas que se queixam sobre a natureza da cobertura da mídia estão exigindo que os meios de comunicação abandonar sua postura jornalística objetivo auto-descrito e campeão de sua causa, relatando o que eles querem relatados. Isso é o que o grupo de independentes conhecido como Ninja mídia está fazendo no Brasil. O grupo ganhou destaque durante os primeiros protestos em massa em São Paulo, e foi iniciado por Bruno Torturra, um ex-escritor na Rede Globo.

Com base em relatórios independentes em sites de redes sociais , Ninja mídia é atrair alguma atenção em um país que tem sido dominado por gigantes tradicionais. Sua audiência on-line ainda é consideravelmente menor do que qualquer grande rede, mas o arrogante tem contribuído para a mudança da opinião pública para ver os protestos como o trabalho de pequenos grupos de vândalos em vez de grupos pacíficos.

"Ao defender seus pontos de vista, estes manifestantes que usam as redes sociais tendem a publicar artigos que foram produzidos pela imprensa profissional, que saiu na TV (principalmente na Rede Globo), no rádio, nos jornais, nas revistas e na internet notícias locais. Esta é mais uma prova de que o [Brasil] imprensa cumpre o seu papel. Por outro lado, as autoridades sempre encontrar espaço na imprensa de se explicar. E é um dever da imprensa para dar espaço para eles a fazê-lo. É assim que funciona em qualquer lugar do mundo onde há uma imprensa livre e responsável ", disse o porta-voz.

É importante notar também que o político mais crítico talk-show atualmente no ar no Brasil, "Meninas do Jô" ("Meninas de Jo") é produzido e exibido pela Rede Globo. Um spin-off do popular talk-show " Programa do Jô ", a série semanal de fim de noite é hospedado pela lenda TV Jô Soares junto com quatro mulheres jornalistas - Lilian Witte Fibe, Cristina Serra, Ana Maria Tahan e Cristiane Lôbo - todos dos quais não têm vergonha de expressar as suas opiniões em relação à sociedade ea política não importa cujos interesses estão envolvidos, mesmo aqueles das Organizações Globo.

Particularmente popular entre o público jovem, o espetáculo nunca foi ameaçado de ser retirado do ar, simplesmente porque é um sucesso. E que é, afinal, o que a Rede Globo ea maioria das outras emissoras comerciais são tudo de qualquer maneira: entreter seu público e manter a sua atenção, e não aliená-los.

Culpar a mídia reforça tendências para o pensamento conspiratório. Ele multidões fora pensamento criativo sobre como fazer uso dos meios de comunicação como parte de campanhas não-violentas estratégicos. Hoje, a internet é pensado para ser um lugar de liberdade, eo principal culpado é dito ser a televisão, com suas imagens supostamente enganosa ou distração e propaganda non-stop, mas a queixa remonta aos dias em que havia apenas jornais. Isso leva a dissecação sem fim de todas as histórias de mídia para encontrar os erros e distorções, mas os progressistas raramente consideram a possibilidade de que as distorções da mídia não é a razão pela qual muitas vezes perdem.

É também uma visão muito esquerdista, com base na premissa de que a propriedade eo controle dos meios de comunicação são altamente concentrados e crescendo mais ainda o tempo todo, um modelo baseado em receitas de publicidade, o que os torna sensíveis às preocupações dos grandes anunciantes corporativos. Em geral, o controle da mídia não é um princípio que está alinhado com as economias sofisticadas.

Quanto à sede dos brasileiros para culpar a Rede Globo para os seus problemas, que é um tropo preguiçoso e cansado. Seu direito e, acima de tudo, a sua escolha de ir às ruas para pedir um país melhor para si não é. Mas, desta vez, eles escolheram o vilão errado.