“Óbito também é alta”

 

“A família nunca vai descobrir”, advogada Bruna Morato revela novos detalhes do experimento da Prevent Senior

 



Em depoimento, Bruna Morato afirmou que a rede tinha "proteção" para realizar seus experimentos com cobaias humanas sem fiscalização do Ministério da Saúde

 





O depoimento da advogada Bruna Morato à CPI da Covid tem posição garantida entre os mais chocantes ao expor os meandros do experimento que a rede hospitalar Prevent Senior fez com os seus pacientes – sem o consentimento deles – com o “Kit Covid”.

Viralizou nas redes a frase “Óbito também é alta”, que era proferida pela direção e profissionais da Prevent, mas, em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, Morato revelou mais detalhes do experimento da Prevent.






“Ouvi muitas vezes a expressão ‘não vale a pena investir’, quando se tratava de pacientes muito idosos. Investir em um tratamento tradicional, que seria a intubação e o acompanhamento desse paciente”, conta Morato.
“’Já viveu o suficiente’ foi outra expressão muito triste que ouvi também. Ou ‘a família nunca vai descobrir’. São todas expressões que precisam ser averiguadas”, declarou Bruna Morato.

A advogada também ressalta que, apesar de as frases serem de “uso comum na operadora de saúde”, elas foram criadas por um grupo específico de profissionais e era repetidas por outros.




O conjunto de provas que revela esse comportamento já foi encaminhado às autoridades, diz Morato.

ADVOGADA APONTA QUE GABINETE PARALELO GARANTIU IMPUNIDADE À PREVENT







Em depoimento à CPI do Genocídio, a advogada Bruna Morato afirmou que o “pacto” firmado entre a Prevent Senior e o “gabinete paralelo” montado no governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 previa a ausência de fiscalização aos experimentos realizados pela rede.

Logo no início do depoimento, Morato detalhou a trama envolvendo o Ministério da Economia, o chamado “gabinete paralelo” e a Prevent Senior para avançar em experimentos com a hidroxicloroquina com o objetivo de boicotar o isolamento social.

Ao ser questionada pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) sobre detalhes do que a advogada chamou de “pacto”, Morato apontou a existência de uma espécie de “proteção” por parte do governo Bolsonaro à rede.

“A informação que eu tive é que, uma vez realizado esse pacto, ou aliança, entre esse conjunto de assessores que a CPI denomina “gabinete paralelo”, mas que, na época, eram apenas assessores, é que após esse contato lhe foi transferida certa segurança”, afirmou.

“Então, a Prevent Senior tinha segurança de que ela não sofreria fiscalização do Ministério da Saúde ou de outros órgãos vinculados ao Ministério da Saúde. Inclusive, foi essa segurança que fez nascer neles o interesse de iniciar um protocolo experimental, cientes de que não seriam devidamente investigados ou averiguados pelo ministério”, detalhou.

KIT COVID ERA ESTRATÉGIA DA PREVENT PARA REDUÇÃO DE CUSTOS




A advogada Bruna Morato, que depõe nesta terça-feira (28) à CPI da Covid, e que representa médicos da Prevent Senior, revelou que a rede não tinha a quantidade de leitos necessários para atender os pacientes infectados pelo coronavírus e que, por conta disso, adotou o tratamento precoce para diminuir custos e para conter tal deficiência.

“As mensagens de teto encaminhadas [pelos diretores da operadora aos médicos] mostram que a Prevent Senior não tinha a quantidade de leitos necessários de UTI”, revelou Morato.

Em seguida, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão, perguntou se a adoção do Kit Covid tinha relação com algum tipo de método para reduzir custos.

“Sim. É muito mais barato disponibilizar um conjunto de medicamentos do que providenciar a internação desses pacientes”, afirmou a advogada Bruna Morato.

PREVENT SENIOR “TOTALMENTE ALINHADA AO MINISTÉRIO DA ECONOMIA”

Em depoimento à CPI da Covid-19 nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato afirmou que a Prevent Senior fazia parte de um “plano” do governo federal para que o país não entrasse em lockdown. A estratégia, segundo ela, foi tramada pelo chamado gabinete paralelo do Ministério da Saúde, que agia “totalmente alinhado ao Ministério da Economia”.

Bruna ainda detalhou as tarefas de três componentes do gabinete paralelo para criar uma estratégia de ação contra a Covid-19 para subsidiar a defesa de que a economia não parasse. “Essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”.


fonte    imagens     google

fonte   redação       https://revistaforum.com.br/noticias/familia-morato-prevent/


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