Brasil -Ataques de 8 de janeiro em Brasília ( á democracia )
atos golpistas de 8 de janeiro
Os ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, também costumeiramente referidos como o 8 de janeiro ou ainda como atos golpistas de 8 de janeiro,[13][14] foram uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público cometidos por uma multidão de apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro[7] que invadiu edifícios do governo federal em Brasília com o objetivo de instigar um golpe militar contra o governo eleito e restabelecer Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.
Por volta das 13 horas, no horário de Brasília, cerca de 4 mil radicais[8] saíram do Quartel-General do Exército e marcharam em direção à Praça dos Três Poderes,[15] entrando em conflito com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na Esplanada dos Ministérios. Antes das 15 horas, a multidão rompeu a barreira de segurança estabelecida por forças da ordem e ocupou a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, enquanto parte do grupo conseguiu invadir e vandalizar o Congresso, o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.[16] O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro não estavam em Brasília no momento das invasões. O Supremo Tribunal Federal considerou que os acontecimentos foram atos de terrorismo, apesar de até o momento não existirem punições específicas para tais atos no Código Penal Brasileiro.[17]
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, informou que mais de 400 pessoas haviam sido detidas até às 21 horas. No dia seguinte, cerca de 1,2 mil pessoas que estavam acampadas em frente ao QG do Exército também foram detidas e levadas de ônibus para a sede da Polícia Federal. Até março de 2023, 2 182 pessoas foram presas por participarem ou terem envolvimento nos ataques.[18] Logo após os eventos, Ibaneis Rocha exonerou o secretário de segurança pública e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, que estava em Orlando no dia das invasões.[19] Posteriormente, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis pelo prazo inicial de 90 dias, decisão revogada em 15 de março.[20] Após os ataques, o presidente Lula assinou um decreto autorizando uma intervenção federal no Distrito Federal, que durou até o dia 31 de janeiro.
Representantes do governo criticaram o ocorrido e declararam que os responsáveis pelos atos violentos, bem como seus financiadores e instigadores, serão identificados e punidos. Líderes de diversos partidos brasileiros repudiaram a invasão, consideraram-na um grave atentado contra a democracia e exigiram a punição dos responsáveis. Muitos líderes nacionais também condenaram a invasão, expressando sua solidariedade para com o governo brasileiro. Muitos analistas compararam o evento com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 2021 por apoiadores de Donald Trump, que se recusava a aceitar a sua derrota nas eleições.[21][22] Outra comparação faz alusão à Intentona Integralista de 1938 ao referir aos ataques, pela semelhança das tentativas de golpe de Estado fracassadas por um grupo de extrema direita da época.[23][24][25][26][27] Diversos movimentos sociais convocaram a realização de atos de repúdio à invasão e em defesa da democracia,[28] se realizaram no dia 9 de janeiro em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Belo Horizonte e outras cidades, reunindo milhares de pessoas.[29]
Antecedentes
Alegações falsas de Jair Bolsonaro sobre o sistema eleitoral
Jair Bolsonaro alegava que as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil eram propensas a fraudes desde pelo menos 2015, quando era deputado federal, sendo autor de uma emenda constitucional que previa o voto impresso no país. Ao divulgar a emenda, Bolsonaro disse que somente com o voto impresso se poderia "retirar, democraticamente, o PT do país em 2018".[30] Posteriormente, essa emenda foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal e não chegou a ser implementada nas eleições de 2018, segundo o entendimento de que isso poderia gerar um risco de quebra de sigilo e da liberdade de escolha, pela possibilidade de mesários precisarem intervir em caso de falha da impressão.[31]
Como presidente, repetidamente disseminou notícias falsas sobre a confiabilidade das urnas, as eleições de 2018 e fez ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e ao STF. Bolsonaro alegou que houve um desvio de votos na eleição de 2018 e que teria sido eleito no primeiro turno.[32][33] Além de dizer que não teriam eleições limpas sem o voto impresso, ele também afirmou que haveria uma articulação de ministros do Supremo e do TSE para fraudar o resultado das eleições.[34][35] Durante a eleição presidencial de 2022, na qual Bolsonaro tentou se reeleger, vários políticos, organizações e membros da sociedade civil mostraram-se preocupados com a possibilidade de um autogolpe ou de uma ação semelhante à invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, que ocorreu em 2021.[36][37][38]
fonte imagens e videos google
fonte redação https://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_8_de_janeiro_em_Bras%C3%ADlia
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