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Aécio diz que apoia prisão de manifestantes no Rio e cobra posição de Dilma

O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, que no Rio tem o apoio do governador Pezão (PMDB) (Foto: Agência Senado)
 
POR RODRIGO RODRIGUES
 
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, divulgou nota nesta terça-feira (22) se dizendo a favor da prisão dos 23 denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por participarem de manifestações violentas no estado.
 
Na nota, Aécio diz que ele e o partido não podem “compactuar com o crime e com grupos que usam a violência para tomar à força as ruas”:
 
“Nas escutas feitas com autorização judicial, foram flagradas conversas com planos de colocar bombas no metrô e incendiar a Câmara Municipal. O PSDB respeita os movimentos sociais que atuam dentro da lei e representam causas legítimas. Em nossa campanha, ouviremos os representantes da sociedade. Propostas desses grupos serão incorporadas ao nosso programa de governo. Mas não podemos compactuar com o crime e com grupos que usam a violência para tomar à força as ruas, lugar que pertence, com legitimidade, à população e suas reivindicações”, disse a nota de Aécio Neves.
 
O candidato tucano e presidente nacional do PSDB também aproveita a acalorada discussão em torno do tema para cobrar posicionamento sobre o caso da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT: 
 
“Logo após a prisão, surpreendentemente, o PT divulgou uma nota de solidariedade aos presos. Assinado por dirigentes do partido, o texto diz que “a prisão é uma grave violação dos direitos e das liberdades democráticas”. (…) É preciso saber qual a posição da presidente Dilma Rousseff sobre a nota de seu partido: ela também apoia os que usam a violência contra o patrimônio publico que pertence aos brasileiros e atacam as instituições ou condena a posição de seu partido? O país tem o direto de saber”, argumenta Aécio Neves.
 
Histórico
A nota do PSDB chega no momento que movimentos de esquerda debatem a legalidade das prisões dos 23 manifestantes que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, após inquérito da Polícia Civil do Estado.
 
Os movimentos acusam o governo Pezão-Cabral, que também apóiam Aécio Neves no Rio, de usarem o aparato do Estado para reprimir o direito de livre manifestação.
 
Por conta da prisão decretada dos 23 acusados, a advogada Eloísa Samy – uma das denunciadas pelo MP-RJ, refugiou-se no Consulado Geral do Uruguai no Rio, pedindo asilo político naquele país sob alegação de perseguição política. 
 
Samy defendia alguns dos presos pela Polícia Civil fluminense durante as manifestação contra a Copa e é acusada de supostamente planejar, junto de outros manifestantes, atos violentos em protestos contra a Copa do Mundo.
 
Ela foi enquadrada no inquérito da Polícia Civil fluminense pelo crime de formação de quadrilha armada, como a própria advogada conta no vídeo. 
 
Eloísa Samy teve o pedido de asilo negado pelo governo uruguaio, mas continua abrigada no Consulado.
 
Em vídeo publicado no Youtube, a advogada diz que é vítima de "perseguição política das forças coercitivas do Estado do Rio de Janeiro".
 
Veja a nota completa do candidato do PSDB: 
"A polícia do Rio de Janeiro, após investigação que durou sete meses, prendeu líderes de manifestações violentas, que atacavam policiais e promoviam a destruição de patrimônio público. A polícia apreendeu com o grupo bombas de grande poder letal, além de fogos de artifício, pólvora e gasolina utilizados para produzir coquetéis molotov, que podem ferir gravemente. Nas escutas feitas com autorização judicial, foram flagradas conversas com planos de colocar bombas no metrô e incendiar a Câmara Municipal.
 
Logo após a prisão, surpreendentemente, o PT divulgou uma nota de solidariedade aos presos. Assinado por dirigentes do partido, o texto diz que “a prisão é uma grave violação dos direitos e das liberdades democráticas”. 
 
O PSDB respeita os movimentos sociais que atuam dentro da lei e representam causas legítimas. Em nossa campanha, ouviremos os representantes da sociedade. Propostas desses grupos serão incorporadas ao nosso programa de governo. Mas não podemos compactuar com o crime e com grupos que usam a violência para tomar à força as ruas, lugar que pertence, com legitimidade, à população e suas reivindicações.
 
É preciso saber qual a posição da presidente Dilma Rousseff sobre a nota de seu partido: ela também apoia os que usam a violência contra o patrimônio publico que pertence aos brasileiros e atacam as instituições ou condena a posição de seu partido?
 
O país tem o direto de saber.
 
COLIGAÇÃO MUDA BRASIL”

A nota divulgada pelo PT sobre assunto você também confere a íntegra: 
"A prisão de ativistas no Rio de Janeiro, com o suposto propósito de impedir a participação em protestos de rua no último final de semana, é uma grave violação de direitos e das liberdades democráticas. Os direitos de reunião e livre manifestação são conquistas legítimas do povo brasileiro e não vamos transigir em sua defesa.
O PT repudia a criminalização das manifestações e defende a ampliação dos espaços de diálogo e participação popular na relação do Estado com os movimentos sociais.
 
A violência de Estado e a intimidação de manifestantes devem ser repelidas por todos os que defendemos a democracia e a liberdade de manifestação, motivo pelo qual também reivindicamos a liberdade dos ativistas que ainda se encontram presos.
 
Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores
Bruno Elias, secretário de Movimentos Populares do PT
Rodrigo Mondego, coordenador do Setorial de Direitos Humanos do PT"

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fonte     imagens         google
fonte    redação          http://terramagazine.terra.com.br/blogterramagazine/blog/2014/07/22/aecio-diz-que-apoia-prisao-de-manifestantes-no-rio-e-cobra-posicao-de-dilma

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