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Beto richa e a estranha compra das "vacinas erradas"





Parceria público-privada não funciona na saúde, diz ex-diretor do Butantan





O ex-diretor do Instituto Butantã Isaías Raw, 90, em laboratório do Instituto Butantan



Aos 90 anos, o pesquisador Isaías Raw mantém a mesma inquietude dos tempos de estudante de medicina da USP. "Sempre me meti com aquilo que não era a minha obrigação profissional", disse à Folha em seu gabinete no Instituto Butantan, em São Paulo, onde, embora aposentado, passa boa parte de seus dias.

À essa característica se soma boas doses de orgulho pessoal e um espírito iconoclasta e combativo. "Se eu tenho uma ideia, eu preciso vender esse ideia; não para ganhar medalhões, mas para chegar na frente do espelho e dizer: consegui fazer".

Na entrevista a seguir, Raw fala de sua trajetória dentro e fora do laboratório, dos desafios que encontrou no Instituto Butantan e de sua luta para desenvolver uma indústria nacional de vacinas.
*
Folha - O sr. sempre se aventurou fora do laboratório. Pode contar um pouco dessa trajetória?

Isaías Raw - Sempre me meti com aquilo que não era a minha obrigação profissional. Quando entrei na universidade percebi a necessidade de mudar o ensino de ciência. Aula no quadro negro não serve para ensinar ciência. O que um aluno precisa é aprender a ler, estudar e entender o conteúdo dos livros e dos artigos.

Nas décadas de 1950 e 1960, os professores não se comunicavam. Um não sabia o que o outro dava no seu curso. Muitas vezes eram dados conteúdos contraditórios. Se você não ensina a observar e tirar conclusões, você nunca vai formar cientistas. Por isso, criei o curso experimental de medicina na USP, onde acabamos com a ideia de que existem uma série de compartimentos comandados cada um por um professor, tudo era ensinado junto.

Também ajudei a unificar os exames vestibulares de São Paulo, mas logo isso foi liquidado, pois ia contra os interesses dos donos das faculdades. Criei ainda os minikits de química, eletricidade e biologia que tiveram um impacto importante na vida de muitas pessoas que vieram a se dedicar à ciência, mas ele morreu também. Mesmo destino, aliás, do curso experimental de medicina.

O fato de essas iniciativas não terem vingado entristece o sr.?
Estou acostumado com a ideia de que as coisas começam e acabam. O problema é que eu fui durando. Eu assisti o fim de todas essas coisas. As ideias chegam ao fim, mas têm um impacto. Alguma coisa sempre fica.
Como o senhor chegou ao Instituto Butantan?
Tinha voltado para o Brasil [após um período no EUA e em Israel], estava aposentado da USP [pelo AI-5] e surgiu a oportunidade, no começo dos anos 1980, de ir para o Butantan, que estava contratando alguns pesquisadores.

Como foi lá?

O instituto estava decadente e a produção de soro estava em crise. Inventei então um sistema para a produção de soro em que tudo iria acontecer dentro de um sistema fechado. O sucesso dessa fábrica de soro foi tão grande que me escolheram como diretor do Butantan [1991-1997].



Aos 70, tive de deixar a direção e tornei-me presidente da Fundação Butantan [1998-2009]. Essa fundação era importante porque a burocracia pública era impressionante. Qualquer licitação demorava um, dois anos, mas as crianças com doenças infecciosas simplesmente não podem esperar tanto tempo. Com a fundação, eliminamos a burocracia. O Butantan deslanchou e passamos a produzir 80% das vacinas que o Brasil utiliza, ao passo que os outros institutos compram e engarrafam.

Isso é o que o senhor chama de esquema Coca-Cola, certo?
Exatamente. A Coca-Cola não conta qual o conteúdo do xarope. Ela o vende para firmas que diluam, engarrafam e vendem. Foi o que aconteceu com muitos institutos no Brasil, em particular com Biomanguinhos [unidade da Fiocruz].

Eu quis fazer diferente e desafiei o cartel das quatro grandes empresas que dominam o mercado de vacinas do mundo. O Butantan passou a ter um prestígio internacional muito grande, pois não havia nenhum produtor de vacinas na América Latina, como continua não havendo. Por isso foi considerado pela indústria um mau exemplo. Afinal, se os outros países em desenvolvimento embarcassem no mesmo esforço, a indústria não teria para quem vender.

Num artigo em 2011 na Folha o senhor denunciou a tentativa de compra da fábrica do Butantan. Como foi esse episódio?
Certo dia sou avisado de que estava sendo discutida a venda da parte industrial do Butantan para um grande laboratório e escrevi o artigo denunciando a operação. A Sanofi desmentiu, mas até o valor, irrisório, chegou a ser discutido. A proposta de comprar as fábricas do Butantan houve, mas o meu berro na Folha sustou o processo.

 O que não significa que terminou. Pois daí surgiu a ideia da parceria público-privada. Só que isso não funciona na área da saúde.
Por quê?

Quando você faz um produto em que o único comprador é o governo, você não pode fazer uma parceria com uma empresa privada, pois esta, ao pôr o dinheiro, quer tirar o lucro. Se você tem uma fundação sem fins lucrativos, você não pode ter um sócio cujo objetivo seja ganhar dinheiro.

O senhor já criticou a vacina da Sanofi contra a dengue. Mantém essa posição?

Sem dúvida. A Sanofi embarcou na vacina errada. Primeiro porque não protege contra os quatro tipos e agora chegou-se a conclusão de que a vacina é um perigo para quem nunca teve dengue. 

Curiosamente, houve apenas um comprador para a vacina, o Estado do Paraná. O que ele vai fazer com essa vacina agora? Qual é a relação do governador do Estado do Paraná e o ministro da Saúde? O ministro é um político, ele não entende de saúde pública ou de vacinas.

E a vacina do Butantan com NIH [Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA] contra a dengue, deve ficar pronta quando?

Estamos no fim dos ensaios clínicos. A vacina deve finalmente sair ano que vem, mas muito atrasada. Nós perdemos dois anos, pois a Anvisa não liberou a nossa vacina para testes, embora tenha liberado a da Sanofi.

Como o sr. mantém o vigor intelectual aos 90 anos?
O importante é se manter alerta. Leio semanalmente "Science", "Nature" e outras revistas científicas.

O sr. tem algum hobby?
Não, nunca tive. Meu hobby é isso aqui, por isso eu preciso defender o Butantan. 


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fonte             redação               http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/01/1951801-parceria-publico-privada-nao-funciona-na-saude-diz-ex-diretor-do-butantan.shtml



O GOVERNO DO PARANÁ E A ESTRANHA COMPRA DAS 

VACINAS ERRADAS


(por Ruth Bolognese) – O governo do Paraná deve uma explicação clara e definitiva sobre a revelação do ex-diretor do Instituto Butantã, Isaías Raw, que estranhou a compra de 500 mil doses da vacina contra dengue da empresa Sanofi Brasil, em 2016. O custo chegou a R$ 50 milhões.



Além de dúvidas sobre a eficácia contra os quatro tipos da doença, a vacina é um perigo para quem jamais teve dengue. Trinta muncípios do Paraná tiveram campanhas de vacinação e receberam o produto. E em dois deles, Assaí e Paranaguá, a vacina foi dada em crianças a partir dos 9 anos.
O ex-diretor do Butantã, instituto mais respeitado na área do Brasil, falou para a Folha de São Paulo sobre o assunto e levantou questões graves nessa compra.
O ex-diretor afirmou categoricamente que a Sanofi, fabricante da vacina, fez a vacina errada e, curiosamente, houve apenas um comprador, o governo do Paraná. – “E o que o Estado vai fazer com essa compra agora?”
E perguntou também: “Qual a relação entre o governo do Paraná e o ministro da Saúde? O ministro é um político, não entende de saúde pública ou vacinas”, afirmou.
E outra informação que deixa essa compra ainda mais estranha é o fato de que a Organização Mundial da Saúdes, OMS, só recomenda que a imunização seja feita com 50% de casos de dengue ou mais na população. O Paraná começou a campanha sem comprovar que qualquer um dos 30 muncípios tivesse esse percentual da doença.
Então, quando é que o governo Beto Richa vai se explicar?


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fonte        redação        https://contraponto.jor.br/o-governo-do-parana-e-estranha-compra-das-vacinas-erradas/

O governador Beto Richa lançou nesta terça-feira (26) a campanha de vacinação contra a dengue no Paraná e anunciou que 500 mil pessoas serão imunizadas nos 30 municípios com maior circulação viral da doença. A vacinação começa dia 13 de agosto. O Paraná é o primeiro das Américas a fazer uma campanha pública contra a dengue. O Governo do Estado investirá R$ 50 milhões na aquisição da vacina. 
Na solenidade, realizada em Paranaguá, com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros, o governador assinou protocolo com a empresa francesa fabricante da vacina, a Sanofi Pasteur, para a aquisição das 500 mil doses. Já no lançamento da campanha, dez pessoas foram vacinadas. 

A meta é vacinar pelo menos 80% do público alvo. No Dia D da campanha, em 13 de agosto (sábado), os postos de saúde ficarão abertos durante todo o dia. A campanha segue por três semanas, até 31 de agosto, nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios contemplados.

“Lançamos a primeira campanha pública de vacinação contra a dengue das Américas, graças ao esforço da nossa Secretaria da Saúde, que tem demonstrado muita competência e qualificação em suas ações. Além da vacina, lançamos também testes multiplex para diagnóstico da dengue, zika e chikungunya”, disse o governador. 

A previsão é que a vacina seja aplicada em três doses, com um intervalo de seis meses entre cada aplicação. Além desta primeira etapa, em agosto, haverá ainda novas campanhas em fevereiro de 2017 e agosto de 2017. Segundo o governador, a vacinação deste ano terá impacto efetivo no próximo verão, visto que a primeira dose já concede proteção à doença, evitando assim novas epidemias.


 “Temos ações concretas que vão ao encontro do interesse da nossa população. Investimos aqui R$ 50 milhões para aquisição dessas doses, mas é importante destacar os prejuízos diretos e indiretos gerados pela dengue. Foram mais de R$ 330 milhões de prejuízo com a epidemia, com mobilização do Estado para atender as famílias atingidas, pessoas hospitalizadas e compra de equipamentos, além do impacto indireto na economia afastando turistas e pessoas que deixaram de trabalhar. Não é gasto, é um investimento que fazemos na saúde pública para proteger nossa população”, afirmou Richa. 



O governador destacou que o Paraná tem capacidade técnica e infraestrutura adequada para incorporar uma vacina nova no sistema público. "Somos um dos melhores sistemas públicos de saúde do País e nossas campanhas de vacinação alcançam as melhores coberturas. Tudo isso nos credencia a inovar para avançar no controle da doença no Estado". 


DIFERENCIADA – O ministro Ricardo Barros enalteceu a decisão do Governo do Paraná. “O Governo do Paraná inicia a vacinação, com seus próprios recursos, o que certamente protegerá a população do Estado de forma diferenciada”, afirmou Barros. Ele explicou que, por enquanto, não há previsão orçamentária e nem autorização da Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias para o SUS (Conitec) para incorporação da vacina pelo Ministério da Saúde. “Combater o mosquito Aedes aegyptié prioridade do Ministério. A população que não descanse no combate ao mosquito, que transmite outras doenças, além da dengue”, afirmou ele. 



AUMENTOU TRÊS VEZES – A decisão de vacinar a população é uma estratégia a mais para controlar a dengue no Paraná e não substitui os cuidados necessários para o combate ao mosquito Aedes aegypti. O repasse de recursos do Governo do Estado para o controle do mosquito transmissor da dengue já atingiu mais de R$ 120 milhões, sem, no entanto, evitar novas epidemias da doença.


A incidência de dengue no Paraná aumentou três vezes de 2013 a 2015. Em relação ao último período epidemiológico (agosto de 2015 a julho de 2016), o número de casos de dengue cresceu 55%. Mais de 80% da população do Estado, cerca de 9 milhões de pessoas, vive em áreas com circulação viral.

"Com a incorporação da vacina em municípios epidêmicos, será possível diminuir a circulação viral de dengue no Estado, protegendo indiretamente também as pessoas não imunizadas", explica o secretário de Estado da Saúde em exercício, Sezifredo Paz.


O vice-presidente da Sanofi Pasteur, Guillaume Leroy, garantiu que a vacina é segura e eficaz. "Tivemos 20 anos de pesquisa com um conjunto robusto de estudos que mostram que a vacina Dengvaxia proporciona proteção de 93% contra a dengue grave e reduz em 80% as internações pela doença. É uma ferramenta testada e com efetividade comprovada", relatou.



Ele explicou que para o desenvolvimento da vacina e comprovação de sua segurança e eficácia, a empresa trabalhou com 40 mil pacientes, em dez países, incluindo o Brasil. “A Sanofi tem visão de interesse público para essa vacina. Implantamos uma planta de produção nova na França. Hoje temos vários milhões de doses disponíveis”, informou. 


TECPAR - O Paraná também vai ampliar sua participação na disponibilização da vacina ao País por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). As primeiras 500 mil doses estão sendo adquiridas pela Secretaria de Estado da Saúde em compra direta com a empresa. As novas etapas da campanha (2ª e 3ª doses) serão importadas através do Tecpar, numa parceria estabelecida para a disponibilização da vacina contra a dengue no País. "A parceria com o laboratório francês Sanofi Pasteur é fruto de uma cooperação mais ampla, que envolve outras tecnologias de interesse do país, do instituto e do laboratório", diz o presidente do Tecpar, Julio Félix.



PRESENÇAS - Participaram da solenidade a vice-governadora Cida Borghetti; os secretários da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior; do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antônio Carlos Bonetti; da Comunicação Social, Márcio Villela; e do Planejamento, Cyllêneo Pessoa; o chefe da Casa Militar, coronel Adilson Castilho Casitas; o cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; e o deputado estadual Mauro Moraes.



BOX 1Secretaria da Saúde prepara a estratégia da campanha

Depois do lançamento da campanha de vacinação contra a dengue nesta terça-feira (26), com a assinatura do protocolo de intenções para aquisição das 500 mil doses da vacina da dengue, a Secretaria da Saúde prepara a campanha nos 30 municípios priorizados.
“No dia 6 de agosto vamos reunir os profissionais de saúde envolvidos com a imunização dos 30 municípios contemplados para uma ampla capacitação sobre a vacina e sobre a estratégia da campanha”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira.
A escolha dos municípios foi baseada na epidemiologia da doença no Paraná, considerando os municípios com três epidemias ou mais nos últimos cinco períodos, entre 2010 e 2015; incidência atual com corte acima de 500 casos/100.000 habitantes; número de hospitalização por dengue grave; número de hospitalização por dengue e distribuição etária dos casos de dengue no período atual (agosto de 2015 a julho de 2016).
Após estudos técnicos feitos pela Secretaria da Saúde, foi definido que em 28 dos municípios paranaenses priorizados para a campanha, a população a ser vacinada abrange a faixa etária entre 15 e 27 anos. Essa faixa concentra cerca de 30% dos casos de dengue no Paraná.
Nos municípios de Paranaguá (Litoral) e Assaí (Norte) a vacina será para a faixa etária entre nove e 44 anos completos porque ambas as cidades têm incidência superior a 8 mil casos por 100 mil habitantes. Em Paranaguá, o número de pessoas que têm direito à vacina chega a 90 mil pessoas.
A meta é vacinar pelo menos 80% do público alvo. O Dia D da campanha será realizado no sábado, 13 de agosto, com postos de saúde abertos durante todo o dia. A campanha segue por três semanas, de 13 a 31 de agosto, nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios contemplados.



MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS, POR REGIONAL DE SAÚDE (RS):

Paranaguá;
Foz do Iguaçu;
Santa Terezinha de Itaipu;
São Miguel do Iguaçu;
Boa Vista da Aparecida;
Tapira;
Santa Izabel do Ivaí;
Cruzeiro do Sul;
Santa Fé;
Munhoz de Melo;
Marialva;
Paiçandu;
São Jorge do Ivaí;
Maringá;
Mandaguari;
Sarandi;
Iguaraçu;
Assaí;
Ibiporã;
Jataizinho;
Porecatu;
Bela Vista do Paraíso;
Cambé;
Londrina;
Sertanópolis;
Leópolis;
São Sebastião da Amoreira;
Itambaracá;
Cambará;
Maripá.

BOX 2
Parnanguara vacinado relata a força da epidemia no município


O parnanguara Walace Domingues foi um dos primeiros a tomar a primeira dose da vacina. Ele é pintor e trabalha como voluntário em mutirões de limpeza na cidade. “Já peguei dengue duas vezes e quase morri. Estou muito contente com a oferta da vacina, que com certeza irá reduzir muito os casos da doença aqui no Litoral”, afirmou Walace. Além do amigo que morreu de dengue, o pai, a irmã e o cunhado de Domingues também contraíram a doença. “Paranaguá teve uma grande epidemia. Ainda bem que agora a expectativa para o próximo ano é melhor”, disse.
O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, lembrou que o Porto foi um dos primeiros do Brasil a lançar campanha de combate a dengue. “Fizemos trabalho de conscientização nos sete municípios do Litoral, realizamos limpeza diária na área portuária e, além disso, levamos ações também para os tripulantes dos navios, inclusive com material em português e inglês”, explicou ele.


BOX 3
OMS recomenda a vacina para ampliar combate à doença


Em abril de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso da vacina contra a dengue em países endêmicos, como é o caso do Brasil, reconhecendo a necessidade de ampliar estratégias de combate à doença. A divulgação da recomendação da OMS veio uma semana depois de o Governo do Paraná anunciar a decisão de adquirir as vacinas para utilização em cidades que enfrentam situação crítica para a dengue
Segundo a OMS, o impacto da dengue em termos de custo médico e dias de trabalho perdidos é significativo. Estudos apontam custo médio de US$ 1.500 por paciente e 18,9 dias de trabalho perdidos. "Tendo como base esse cálculo e o registro de mais de 55 mil casos neste período epidemiológico, o custo estimado da dengue no Paraná chega a mais de R$ 330 milhões por ano, o que nos dá respaldo para adotar essa importante estratégia de prevenção", explica Sezifredo Paz.

Em 1950, apenas nove países enfrentavam epidemias de dengue. Atualmente esse número chega a 100 países. O Brasil concentra 60% dos casos de dengue das Américas. No atual período epidemiológico, entre agosto de 2015 e julho de 2016, o Estado registrou mais de 55 mil casos da doença e 61 mortes em decorrência da dengue.


BOX 4
Vacina é pioneira e foi aprovada pela Anvisa

A Dengvaxia, vacina produzida pela empresa francesa Sanofi Pasteur é pioneira no mundo e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015, depois de 20 anos de pesquisa e a comprovação de sua efetividade. É indicada para prevenção da dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 para pessoas entre 9 e 45 anos, vivendo em áreas endêmicas.
Para garantir sua efetividades, são necessárias três doses, com 6 meses de intervalo entre elas. A primeira dose da vacina garante 70% de efetividade, mas é preciso tomar a segunda e a terceira doses para assegurar a resposta imunológica adequada. As principais contraindicações são para gestantes, mães que amamentam e imunodeprimidos.

A vacina é eficaz contra todos os tipos de dengue (4 sorotipos), oferece 93% de redução contra as formas graves da doença (aquelas que levam ao óbito, como a dengue hemorrágica) evita 8 a cada 10 hospitalizações, reduzindo os gastos com internações, e previne dois a cada três casos de dengue. Os resultados alcançados com a vacina estão em linha com a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de reduzir a mortalidade por dengue em, pelo menos, 50% e a morbidade em, pelo menos, 25% até 2020.

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fonte          redação          http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?

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